domingo, 23 de dezembro de 2007

Feliz Natal =)

Que as crianças não sintam fome nem frio!
Que os olhos se encham com as constelações e brilhos de mil alegrias!
Que sorrisos brotem em cada rosto!
Que a saudade não impeça ninguém de sonhar!
Que os dedos se entrelacem e os abraços nos façam maiores!
Que ninguém se esqueça do próximo!
Que a solidão não passe de um mito!
Que nos tornemos um pouco melhores em cada dia que passe...

Que, não só no Natal como nos outros dias, toda a gente possa sentir a verdadeira felicidade de amar.
Que, não só no Natal como nos outros dias, toda a gente possa sentir a verdadeira felicidade de ser amado.

Para as pessoas que fazem parte da minha vida e das minhas constelações, eu desejo um Feliz Natal. Que o vosso brilho verdadeiro e natural nunca se apague.
Obrigado por me aquecerem o coração!

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Crescer um pouco mais... sim?!

Tudo pára e nada acontece. Tudo à minha volta sofre irremediavelmente uma perda de cor. O céu parece mais longe e nada me sustenta. Prefiro sair a rua e olhar as pessoas do que ficar em teus braços esperando um sinal mais puro, mais verdadeiro de preocupação. O ar frio corta e os olhos choram aquilo que está há muito cá dentro de mim. Deixo saltar do peito o teu sorriso e perco-o no passeio. Sem querer dizer nada de especial, pelo menos o significado fica oculto do mundo. Nem eu o agarro. Não foi preciso abrir-te a sombrinha para te abrigares. Sempre achaste que a chuva só molha os parvos. Escolhi ficar na rua, em vez de ficar nos teus braços... a chuva molha e todos nós nos molhamos de vez em quando. Por onde vá tudo parece simples e complexo. E eu tento escolher o melhor. Cansada, não paro de tentar. E tento entender as pessoas. E tento entender a vida. Mas sou tão pequena.
As horas passam... a vida passa... será que continuo pequena? Qual a diferença? Serei sempre pequena aos teus olhos. E depois de tanta luta parece que tudo muda e eu fico igual. Tu ficas igual, mas mais longe. Peço-te que me deixes crescer! Deixa-me magoar. Deixa a chuva molhar-me. Eu fico bem...

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Believe in Me



Lenny Kravitz.

Saudade

É tão português e tão sofredor. No coração permanece a lembrança e todos os dias em alento da saudade me lembro dos teus olhos, dos teus carinhos. Amanhã vamos estar juntos outra vez. E depois, e depois… Obrigada por te entregares a mim. Sinto-me uma pessoa melhor ao teu lado e floresço com o teu sorriso. A plenitude da felicidade acompanha-me agora e solto as asas. Solto o meu coração no vento para quem o quiser apanhar. A chuva já não molha nem resfria. E o vento já não leva mais pedaços de mim. Porque agora eu somos nós. E nós somos mais.
Saudade de ti. Gosto de ti. <3

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Zombie

pode ser por ser demasiado inocente...
pode ser por ser demasiado fraca...
pode ser por ser demasiado silenciosa...
pode ser por ser demasiado observadora...

pela janela vejo tantas vidas tão diferentes e iguais...
pela janela vejo tantos olhos mal amados...
pela janela vejo as mesmas angustias e desesperos... a mesma fome... a mesma falta de carinho...

sobrevivem.

morrem aos poucos... e deixam as suas sementes. Os filhos gritam e a chuva não vem... a terra queima e as sementes não crescem...

a vida é um pedaço de nada... pó das estrelas... e em pó continua...




Another head hangs lowly,
Child is slowly taken.
And the violence caused such silence,
Who are we mistaken?
But you see, it's not me, it's not my family.
In your head, in your head they are fighting,
With their tanks and their bombs,
And their bombs and their guns.
In your head, in your head, they are crying...
In your head, in your head,
Zombie, zombie, zombie,
Hey, hey, hey.
What's in your head,
In your head,
Zombie, zombie, zombie?
Hey, hey, hey, hey, oh, dou, dou, dou, dou, dou...
Another mother's breakin',
Heart is taking over.
When the vi'lence causes silence,
We must be mistaken.
It's the same old theme since nineteen-sixteen.
In your head, in your head they're still fighting,
With their tanks and their bombs,
And their bombs and their guns.
In your head, in your head, they are dying...
In your head, in your head,
Zombie, zombie, zombie,
Hey, hey, hey.
What's in your head,
In your head,
Zombie, zombie, zombie?
Hey, hey, hey, hey, oh, oh, oh,
Oh, oh, oh, oh, hey, oh, ya, ya-a...

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Menino Pequeno do Coração Grande

Tinhas cinco anos e seguravas a vida. Os teus olhos grandes e brilhantes eram estrelas que giravam e rodopiavam e bebiam todos os seus gestos. Aquele pequeno ser que seguravas nas tuas mãos trémulas e cheias de carinho, um pouco sujas, tradicionais de criança pequena e traquina. O teu casaco azul-escuro de malha quente não era suficiente, na tua ideia, para aquele bichinho se manter quente e aconchegado. Tão pequeno e já tão cuidadoso.
- Ele pode cair!
Não caía, não. Tu tinhas as mãozinhas em concha e ele bem quietinho lá dentro. Com as suas patitas tentava arranhar a tua pele e saltar dali, tentar descobrir o que havia á volta. Mas rapidamente se apercebeu que tu o mantinhas em segurança, apesar de seres pequenino. Apesar de seres pequenino tens um grande coração meu menino de oiro! E os teus olhos olharam para cima e disseram:
- No meu coração cabe todo o mundo!
Eu sei disso desde o primeiro dia que te vi.


Gosto de beber as tuas palavras e olhar bem fundo nos teus olhos. Descobrir o que esta por detrás do teu sorriso.
És uma pessoa verdadeiramente bela e eu não me sinto à tua altura. Mereces melhor e eu desejo-te (sem saber como dizer isto por eufemismos), é assim e pronto! Não sei o que sentes, mas as tuas mãos continuam a segurar as minhas. Incerteza do que vem ou do que virá? provavelmente... amanhã não estarás aqui mas eu adoro-te.

O tempo é precioso demais para ser desperdiçado e a timidez leva metade do tempo. Os teus olhos não enganam mas os teus lábios também não falam. E eu espero pelo milagre, que não acontece... nem hoje nem amanhã... nunca?

Não.

Conformo-me com isso dia após dia... Sou demasiado fraca para falar. Falta-me a coragem para te amar verdadeiramente. Por isso adoro-te em segredo.
Shhh...

A estrada leva-me até ti mas não ouso percorrê-la. A tua porta estará fechada?

Devolvo-te a pergunta:
"Tens lugar para mim?"

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

terça-feira, 20 de novembro de 2007

O Castelo Andante

"Sophie (Baisho) é uma adolescente de 18 anos que trabalha na loja de chapéus da família. Na cidade ouvem-se os clamores da guerra que é travada com uma nação vizinha. Howl (Kimura), um feiticeiro bem-parecido, com fama de devorar corações de jovens belas, usa os seus poderes para tentar minorar os efeitos do conflito. Quando regressa a casa, Sophie cruza-se com Howl, mas o encontro é registado pela Bruxa do Nada (Miwa), que, movida por ciúmes, a faz envelhecer até aos 90 anos. Sophie enfrenta a sua nova condição geriátrica e parte à procura de quem a ajude a recuperar a juventude, prestando-se a trabalhar arduamente como criada, apesar de ter já ultrapassado em três ou quatro décadas a idade a partir da qual a maioria dos portugueses preferia estar reformado.
Um novo filme de Miyazaki Hayao — que, felizmente, não se reformou aos 60 anos —, é sempre recebido com enorme expectativa por todos aqueles que conhecem a sua obra. Quem aprecia animação de qualidade também não pode deixar de se entusiasmar com a possibilidade de ver esta obra no grande ecrã, numa altura em que a animação tradicional tem cada vez menos presença no circuito comercial.
Miyazaki não procurou surpreender ninguém com «O Castelo Andante». O filme é adaptado da obra “How'l Moving Castle” (1986), da escritora britânica Diana Wynne Jones, mas é uma entrada que se mescla na perfeição na filmografia do realizador japonês.
Haverá quem considere o novo filme demasiado “coerente” com a obra que o precede. Mesmo ignorando a coincidência de ser o terceiro filme com a palavra “castelo” no título 1, ressalta o facto das personagens, a estrutura e os motores do conflito poderem ter sido simplesmente reaproveitados e adaptados para as linhas gerais do livro de Wynne Jones.
O cenário de uma nação num passado abstracto ou alternativo da Europa tem surgido ao longo da obra do co-fundador do Studio Ghibli. Em «Lupin III: The Castle of Cagliostro» (1979), «Laputa: Castle in the Sky» (1986), «Kiki's Delivery Service» (1989) e «Porco Rosso» (1992). Mulheres jovens, fortes e determinadas protagonizam «Nausicäa of the Valley of the Winds» (1984) e «Mononoke Hime» (1997), com versões mais jovens em «Kiki's Delivery Service», «Tonari no Totoro» (1988) e «A Viagem de Chihiro» (2001) 2.
As consequências negativas da intervenção do Homem no meio ambiente, contribuindo para o seu desequilíbrio ou até aniquilação (no caso de «Nausicäa»), é outro dos temas fortes do cinema de Miyazaki Hayao. A guerra e a procura pelo poder também tem marcado presença, ainda que o realizador tenha evitado utilizar “vilões” estereotipados. Aqui, tal como em «A Viagem de Chihiro» e na generalidade dos seus filmes — com excepção de «Lupin III» e «Laputa» —, dificilmente se pode empregar esse termo sem uma pausa para reflexão.
A troca da cidade pelo campo representa a negação da intervenção desregrada do Homem na Natureza e o abraçar de um modo de vida mais em harmonia com o mundo natural. A viagem de Sophie é, portanto, simbólica. Tal como o foi, também, a de Chihiro, a menina mimada da cidade. O cenário idílico do fascinante «Totoro» — quem sabe, o melhor filme infantil de sempre —, é, todo ele, uma ode à vida equilibrada, um voltar de costas ao stress das grandes cidades.
Estas preocupações e a dicotomia Homem-Natureza não têm reflexo somente na obra do realizador de «A Viagem de Chihiro», mas são uma constante na obra Ghibli, como se pode constatar, por exemplo, por outros dois grandes filmes, assinados por Takahata Isao: «Only Yesterday» (1991) e «Pom Poko» (1994).
Reconhecemos a paternidade da obra pelos primeiros frames que vemos no ecrã, acompanhados pela música do fiel colaborador Hisaishi Jo. Mas em que medida é que «Hauro no Ugoku Shiro» deixa o conhecedor da obra de Miyazaki com a impressão de estar a consumir um produto requentado?
A sensação de voltarmos a um local familiar do qual gostamos muito é naturalmente positiva. As personagens também não nos são estranhas, nem o seu “humanismo” — condição que o director do Festival de Veneza, Marco Müller, salientou para justificar o Leão de Ouro pela carreira que entregou a Miyazaki. Não poderíamos imaginar Sophie a ser motivada por vingança ou a sentir ódio por quem a enfeitiçou; pratica, ao invés, a compaixão perante os que a prejudicaram (um princípio do budismo).
É no segmento final que sentimos que há algo que não flui naturalmente. Depois de momentos muito similares ao filme anterior, com a caminhada da bruxa, do cão e da “jovem”, paralela à sequência em que Chihiro é acompanhada pelo “Sem Face” e outras criaturas enfeitiçadas, chegamos a um final abrupto, sem uma conclusão satisfatória. A personagem de Madame Suliman expõe motivações pouco convincentes, revelando-se uma simples peça ao serviço do argumento.
Ainda assim, um Miyazaki "menor" continua a ser um bom filme e a requerer aspas. As oportunidades de ver animação de qualidade nos ecrãs de cinema portugueses não se podem desperdiçar por razão alguma; tais títulos são raros por cá e se não forem falados em inglês mais raros são.
Talvez seja irrealista esperar que algum distribuidor decida arriscar estrear anime de outra natureza 3, sem o potencial de apelar tanto a crianças como adultos; obras que dificilmente seriam classificadas para todos os públicos, ao nível da sequela de «Ghost in the Shell» ou de «Steamboy», cujos realizadores terão renome, mesmo entre nós, para justificar mais que um directo-para-DVD."

http://www.asia.cinedie.com/howls_moving_castle.htm

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Yellow .... Blue... (*)



A estudar Contabilidade ....

... "foi emitido um parecer fiscal á empresa B facturado pela quantia de 50 000.
entra na conta de dividas a receber de clentes (21 do poc) 50 000 a Débito. Anula-se na conta de réditos prestação de serviços (72 do poc) 50 000 a crédito... "

...entre o amarelo e o azul...

A tua noite, A minha saudade

No lugar do coração
Meu amor, colocaste o teu ser
A tua linda canção
Que cantaste na hora do adormecer
Sem acordes perfeitos,
Com voz e timbre tremido
E teus beijos feitos
Devolvendo-me o mundo tão pouco vivido.
Sonhos que me guiam
De quem me leva nos braços
Os teus olhos baços das minhas lágrimas que caíam.
No teu peito dormia embalada pela tua caixa de música
E fitando as estrelas,
Por entre as nuvens e o ser
Pedi o teu sorriso como o meu adormecer.
E mais longe que esteja o céu
Ainda assim lá vou chegar
A lua é tua casa
E a minha o luar.
Que venha o anjo que criaste
Propositadamente
Para me proteger,
A noite é longa e os sonhos grandes
Não sei que caminho escolher...

Cruzamento (esquerda ou direita?)

Invade-me uma completa e profunda angústia. Um sofrimento grande de quem não colhe os frutos da àrvore que plantou. E por vezes a chuva vem e inunda a minha calma, e o sol vem e queima as minhas vontades, eu continuo a tentar por ser assim que tem de ser, por mim e pelo meu orgulho próprio, pelas minhas verdadeiras razões. Porque merecer não basta para obter bons resultados, e mereço pelo meu esforço diário... Deparo-me com a injustiça de não ser correspondida nesta luta comigo mesma, sem saber mais o que fazer para chegar ao limite que pretendo. Como lidar com isso? É impossível ignorar esta frustração que me atropela. Tenho vontade de fechar os olhos, virar as costas àquilo que dá trabalho, aquilo que dói fazer. Para quê? Só iria adiar o meu caminho. Escolher outra corrida não está nos meus planos, e pretendo chegar ao fim desta meta. Pretendo provar a mim própria que sou mais do que aquilo que tenho visto nestes dias, provar que as injustiças não vão interromper a minha vontade de chegar mais longe! Mas até quando?


terça-feira, 13 de novembro de 2007

ShHhHh...

Pode ser sem querer mal. Até pode ser querendo levar a bem as tuas palavras e as minhas acções, mas não esqueço aquilo que ouvi e o que escolho fazer que não ouço.
Por vezes fechar os olhos sabe bem e esquecer que cada um tem sua maneira de ser, e pensar que somos todos feitos dos mesmos sentimentos. Fechar os olhos e redimir-me aos sons que me rodeiam e me escolhem pertencer sem que eu os convide... Acabam por invadir o meu espaço e alguns...alguns ficam na memória... sem sentido.
Podem-se apagar palavras, riscar o erro, emendar um caminho escolhendo outro, mas uma palavra uma vez dita não pode ser retirada. Por mais que doa, foi falada. Por mais que faça suspirar e desejar o infinito acaba depressa. Tem a vantagem de ficar na memória.
Porque uma vez alguém me disse que os burros esquecem, por isso perdoam, os tolos não esquecem e não perdoam, os inteligentes não esquecem e perdoam. As palavras que disseste.
Perdoei mas não esqueço. E rodam e volteiam e não partem nunca... e eu desejo que voem para longe como tola, porque dói menos, e eu escondo o desejo de que o mundo ouça as tuas palavras e te fique a conhecer como conheço.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Jeremy






Em casa


Desenhando figuras


De topos de montanhas


Com ele no topo


Sol amarelo limão


Braços erguidos em V


Os mortos estendidos em poças de cor vermelha por baixo deles


O pai não deu atenção


Para o facto da mãe não se importar


Rei Jeremy, o perverso


Governou seu mundo


Jeremy falou na aula de hoje


Lembro-me claramente


Perseguindo o garoto


Parecia uma brincadeira inofensiva


Mas nós libertamos um leão


Que rangeu os dentes


E na hora do intervalo deixou a fama de maricas


Como eu poderia esquecer


E acertou-me com um soco de surpresa


Meu maxilar ficou magoado


Deslocado e aberto


Assim como no dia


Como no dia em que ouvi


pai não dava carinho


e o garoto era algo que a mãe não aceitava


Rei Jeremy, o perverso


Governou seu mundo


Jeremy falou na sala de aula hoje


Tente esquecer isto


Tente apagar isto


Do quadro negro


Jeremy falou na sala de aula hoje

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Soulmate

A viagem demora e lá fora, pela janela do carro, onde os pingos de chuva fazem corridas eternas, a rua parece sempre igual. A nossa rua. Aquela que corremos. E onde nos perdemos. Um pouco por todo o lado... As árvores passam apressadas e as pedras do caminho, e tudo nos passa ao lado. E nós paramos. Andamos em círculos e em círculos imperfeitos nos tornamos. Qual a razão de estarmos tanto tempo sem sabermos onde ficar? Escolher a pessoa certa demora? Encontrá-la é mais difícil? "If there’s a soulmate for everyone."
O rádio do carro é o único a quebrar o silêncio. E o silêncio transforma-se numa forma totalmente incompatível no nosso diálogo. Desvias os olhos da estrada e fitas os meus gestos. Finjo não ver. E continuo... sempre em círculos... A tua respiração quente embacia o meu olhar e fico meio adormecida á espera de mais algum gesto da tua parte, que continues o movimento, que não pares a meio... Mas, tarde demais... Tu já não olhas, já não me pertences mais.
O vidro continua molhado mas as gotas já não correm. Ficaram estáticas a observar a tua maneira de ser. Impressiona o teu modo próprio. E somos tão diferentes e nem sei porque continuas a mesma viagem... Ou talvez já tenhas mudado de rumo e eu vá por arrasto porque já te habituaste a ter-me no lugar ao lado do teu. Mas já não te pertenço. Tu já não me pertences e aceitamos isso naturalmente apesar de não termos vontade de o afirmar. É tão confortável saber-te na mesma situação, mesmo sem falar contigo (o silencio diz tudo).
Porque a viagem não acaba. Apesar de parecer mais curta, não é sempre em linha recta. E tu falas e eu não ouço. E eu falo e não sai qualquer som. Quem não quer alguém para amar mesmo que esse amor vá e fique suspenso por um silencio ensurdecedor.
"Somebody tell me why I'm on my own if there's a soulmate for everyone"




Incompatible, it don't matter though
'cos someone's bound to hear my cry
Speak out if you do
you're not easy to find

Is it possible Mr. Loveable
is already in my life?
right in front of me
or maybe you're in disguise

Who doesn't long for someone to hold
who knows how to love you without being told
somebody tell me why I'm on my own
if there's a soulmate for everyone

Here we are again, circles never end
how do I find the perfect fit
there's enough for everyone
but I'm still waiting in line

Who doesn't long for someone to hold
who knows how to love you without being told
somebody tell me why I'm on my own
if there's a soulmate for everyone

If there's a soulmate for everyone

Most relationships seem so transitory
They're all good but not the permanent one

Who doesn't long for someone to hold
who knows how to love you without being told
somebody tell me why I'm on my own
if there's a soulmate for everyone

Who doesn't long for someone to hold
who knows how to love you without being told
somebody tell me why I'm on my own
if there's a soulmate for everyone
If there's a soulmate for everyone

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Chuva

Crónica de uma Morte Enamorada

Quando ouvimos de leve a passagem do vento.
Quando o tempo se perde nas horas e os ponteiros enlouquecem.
Quando o sol não é suficiente para iluminar os teus olhos.
Eu desejo...
Desejo tornar-me vento para soprar a tua pele.
Desejo tornar-me tempo para poder voltar ao teu momento.
Desejo tornar-me lua para ver os teus olhos dormirem.

Sem assunto


Não sei o que escrever... Tenho, ultimamente, sentido um enorme vazio de sensações. Falta de "coisas" que não sei bem o que são. Demasiadas certezas para quem sabe to pouco, e se sente tão pequena. O branco de uma folha de papel assusta, mas o negro da tinta também. E o refúgio é sempre o mesmo: as minhas horas de observação do mundo. Vou construindo poemas soltos que, como Cesário Verde, descrevem o que passa, o que vejo. Mas rapidamente vão e não voltam. O cenário rasgou e a campânula de vidro onde guardo as memórias partiu. E não só me escaparam aquelas memórias imediatas como as mais longínquas correm agora pelas pedras da calçada. E fico nua, ali, parada, sem sentido e direcção, para quem quiser saber mais que eu sobre a minha própria vida. E quando o cansaço é pesado demais, e a loucura começa a ser o nosso alimento mais doce, deixo-me ir sem saber por onde vou, sem saber como voltar a superfície... mas vou.
Quando volto? Não sei... as vezes demoram horas, minutos, dias, segundos, meses, semanas, anos...
Quando acordo passaram só duas horas, trinta e sete minutos e vinte e quatro segundos. Mas a loucura fez-me bem!

Troco a folha branca que tanto me assusta por uma azul pálido, e a tinta preta da caneta que teimava em não fluir por um lápis de carvão abandonado no banco de metro.
E desenhei... as pessoas, as vidas, os mesmos olhares e olhares diferentes...
A vida tornou-se simplesmente mais simples.
Viva o insano da mente tão pouco citado!

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Moda Antiga =)



Mickey Mouse <3

. , ; ! ?

Ola tudo bem como vai tudo eu sei o tempo está estranho nem parece outono então e que tens feito nada de especial também não há novidades e a família está boa e o pessoal sim também está tudo bom eu dou cumprimentos igualmente epa vinha buscar uns papeis para levar a repartição de finanças mas isto está a demorar e estou a ver que tenho de passar cá mais logo porque não tenho vida para isto e tu vens ao que pois é complicado a esta hora ai está então o que tem pois é do tempo nunca sabemos o que devemos vestir e depois constipamo-nos e verdade sim senhor da lá as melhoras então vá vemo-nos por ai cumprimentos a família e as melhoras para a tua irmã xau xau beijinhos.

domingo, 21 de outubro de 2007

Eu Chovi (L)

Naquela noite, a chuva soube bem. Gostei de sentir os medos e coragens de tuas mãos. E andar e correr pelas mesmas ruas que percorremos um dia. Nunca mais me deixei iludir pela distancia. Quando gostamos, gostamos. E quando nos pertencemos, pertencemos. A vida é muito maior nestes momentos em que o coração sobe mais alto. As estrelas brilhavam mais que nunca, como nunca mais vão brilhar. E nós vimos. E nós morremos com elas. E em pó de estrelas nos transformamos. Quem disse que o homem é pequeno para o universo? Quando nos sentimos maiores somos nós mesmos. E nós mesmos continuaremos a ser até acabarem as horas, até não pudermos respirar mais, até o mar e a chuva inundarem as nossas veias. E quando um dia terminar, vou abrir a tua janela, para la do infinito, e voltar a correr por ti e por mim. Lá mais longe que fomos. E o sol não vai queimar mais nada, e a chuva não vai molhar mais de mim. Lembras-te das tuas palavras? E os meus olhos beberam a forma dos teus lábios. A tua boca, onde guardas o mais precioso de ti. O teu sorriso. E sorris e o resto do mundo não é mais importante para mim. Abres a minha janela. E vez meu mar, e o meu céu, e o meu horizonte que se funde com o teu colo onde me deixas dormir mais um pouco todas as manhas. Suspiro mais fundo quando no meio dos lençóis descubro a tua pele. E o teu respirar. E o meu sonho. Escolho, perder-me contigo sabe melhor quando há chuva lá fora. A nossa história não termina agora. E eu sou o sol e tu és o meu arco-íris. Perguntas se prefiro guardar um pouco de alma para depois? A lembrança de ter todos os momentos e os momentos terem escolhido pertencerem ao único sentimento que perdura na vida inteira.
Porque o meu amor pertence a quem deve pertencer!

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

O Fabuloso Destino de...

Mais perto do que imaginamos está o nosso destino. Ou como, quem não acredita nas Suas obras gosta de chamar, o indefinido percurso da vida... O futuro é sempre muito peculiar quando diz respeito a nossa vida, nunca se sabe que parte do mundo nos cabe, ou nos enche, ou nos falta... O Futuro é curto e comprido, demora e é facilmente descoberto, quando menos se espera chegamos aos lugares mais difíceis de encontrar. Quanto mais buscamos as nossas respostas, mais o tempo nos foge e a ansiedade nos atropela os sentidos. Saber mais que o próprio destino... Fingir o futuro e o presente, com vontade de lembrar o passado. E ficamos todos perdidos no tempo e no espaço, em busca de um final, do que vem depois, do Futuro. Não será só vontade de se preocupar com alguma coisa que fingimos interessante porque as nossas vidas são estreitas e vão sempre dar ao mesmo caminho? Será que a vida que dançamos não passa de um jogo em que quem ganha, perde? E a valsa que vivemos suspende a verdade no ar e permite mais um ou dois dias a respirar o perfume da incerteza?


segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Amigo,

Porque ás vezes magoar as pessoas de quem realmente gostamos acontece.
Porque é inevitável sentirmo-nos feridos com algumas atitudes que não compreendemos bem.
Nem sempre é fácil perder a razão e continuar com a cabeça erguida para o mundo.
E quando erramos sentirmos o pavor de podermos não ser perdoados.
Porque seguir o nosso caminho e admitir nossas escolhas nem sempre é fácil, uma vez que por vezes nem sabemos bem que caminho escolher.
Porque algumas palavras, quando faladas, não se podem retirar. Mesmo depois de perderem o sentido elas continuam lá, perdidas no tempo e num espaço guardado no lado esquerdo.
Pensar que afinal o caminho que seguimos não é o melhor para nós e para os outros mas como o escolhemos não podemos voltar atrás. Aceitar as consequências!
E a coragem das pessoas não está em lançar-se em perigos arriscando e arrastando a felicidade. Mas sim, na capacidade de escolher como nossas as consequências dos nossos actos, mesmo difíceis, mesmo inseguros.

sábado, 13 de outubro de 2007

Hallelujah

Há sempre algo que nos ultrapassa o espírito, e a alma parece pequena para te por la dentro... Quando perco o teu beijo e fico sem saber o teu sabor. Quando perco os teus olhos na multidão que me assombra. e aquela sensação de te conhecer tao pouco e desejar tanto perceber mais de ti faz com que o tempo não passe e torne esternos os momentos que estivemos mais próximos e... Tenho a sensação que me esforço demais por rir daquilo que ris e te olhar nos olhos mesmo quando não me vês.
Estou aqui a mais tempo do que pensas, talvez nem penses que eu estou aqui a tua espera. nem desconfias que sentar-me ao teu lado no sofá da sala doi. Não poder dar-te a mão outra vez. Porque as mãos seguram muita coisa mas deixaram cair o mais precioso.
Hallelujah.
Tu simplesmente seguiste em frente. E, perdeste-te de mim e na noite, e nem te despediste. E nunca mais voltaste da mesma maneira.
Soou estranho e vitoriosamente esquisito falar de ti ontem, anteontem, hoje e pensar em ti. Que sortes posso eu tirar deste tudo ou nada?...
porque "tight you to my kitchen cher, broke you trone and cute your hair" não é mais que um verso de uma musica que faz morrer e ressuscitar de uma só vez o melhor que há em mim. Gostava de te dar a conhecer o meu halelujah.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Mãe Negra



Pela estrada desce a noite
Mãe-Negra, desce com ela...

Nem buganvílias vermelhas,
Nem vestidinhos de folhos,
Nem brincadeiras de guisos,
Nas suas mãos apertadas.
Só duas lágrimas grossas,
Em duas faces cansadas.

Mãe-Negra tem voz de vento,
Voz de silêncio batendo
Nas folhas do cajueiro...

Tem voz de noite, descendo,
De mansinho, pela estrada.

Que é feito desses meninos
Que gostava de embalar?

Que é feito desses meninos
Que ela ajudou a criar?
Quem ouve agora as histórias
Que costumava contar?

Mãe-Negra não sabe nada...

Mas ai de quem sabe tudo,
Como eu sei tudo
Mãe-Negra

Os teus meninos cresceram,
E esqueceram as histórias
Que costumavas contar.

Muitos partiram p'ra longe,
Quem sabe se hão-de voltar

Só tu ficaste esperando,
Mãos cruzadas no regaço,
Bem quieta bem calada.

É a tua a voz deste vento,
Desta saudade descendo,
De mansinho pela estrada.

Quem Passa Nestas Ruas.

Quantos mais vão ter de sofrer?
Num mundo cruel em que os sonhos se perdem entre a fome e a maldade dos homens, tudo á volta sofre uma perda de cor.
Lá longe as colinas já não são verdes, o teu cabelo vermelho, as tuas mãos negras do pó.
A criança que levas nos braços olha o céu e dor.
La longe ficou a esperança.
Cada dia que passa a dor dos homens é menor porque cada vez mais o coração bate menos. Pensar num mundo onde não exista guerra, ódio, fome, pensar que os sonhos não se perdem num céu de dor qualquer e saborear essa imagem sempre em busca de um pincel e tintas para a poder pintar por aí.
É o nosso dever como irmãos!

O Sonho faz Viver!

O sonho faz voar.
E as asas que crescem em nós são a melodia da vida.
Abrir asas e voar é o mesmo que procurar os nossos sonhos que tantas vezes se encontram no meio de tantos outros. Perdidos, confusos.
Viver sempre a sonhar e sempre a voar.
Ver o mundo das nuvens e concluir que é mais azul que tudo.
Criar o nosso mundo e prendermo-nos a ele e viver segundo nossas liberdades e escolhas.
Correr os campos e jardins e colher a alma e a vontade dos homens.
Que é isto tudo se não sonhos?
Quem pode viver sem eles?

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Minha Sábia Árvore

Gosto da madeira. Sentir e acariciar a simplicidade dos veios que correm e que ficam... Que marcam uma vida. De alguém que foi árvore, de alguém que foi vida. E agora é madeira. Agora é madeira....


A vida passa e as árvores crescem... e a natureza é assim... que um dia eu possa falar com ela e deitar-me com as árvores e ser madeira e ser vida. Quando chegar a altura de o ser, que tenha alguém para acariciar os meus veios e que me veja como árvore.


O orgulho do meu jardim é ter plantado muitas pequenas flores e ter colhido muitas alegrias. E ter árvores com as suas rugas, que me guiam, que me ensinam e me protegem.



Será que choras?
Será que ris igual a mim?
O que escondem teus olhos?
Perco-me assim...
Não sei o que sentes.
Nem sei se o sentes.
Tão natural,
Ou naturalmente presentes
Os teus olhos em mim.
E perco-me assim...
Será que ris igual a mim?
Que escondem tuas mãos?
Seguramos o mundo
Que lançamos nas ruas.
Essas mãos tuas
Que me tocaram bem fundo
No meu coração.
E perdidos os dois.
Perdidos enfim...
Será que o sentes igual a mim?

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

*

Quando estamos longe é que damos o verdadeiro valor as coisas.. quando nos fazem falta...

O tempo passa e nos achamos sempre que ainda é cedo, que o sol se põe amanha, que para la do oceano mais oceano e o céu não mergulha nunca.

E tanta gente que passa por nos... e tão pouca gente que fica... da maneira mais simples... Simplesmente fica.

Eu tenho sorte (ou azar) mas gosto dos pequenos momentos, dos pequenos gestos, pequenos pormenores. Lembro-me de coisas que atormentam por lhes dar tanta profundidade. Talvez por ser a única coisa que me prende a alguém...

Outras pessoas, simplesmente fazem e mim, uma pessoa melhor!

Obrigado <3

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Kiwi!

terça-feira, 3 de julho de 2007

(Re)Mix das tuas palavras

"Adoro-te mais que o sol, mais que a lua, mais que tudo."

"Há coisas perfeitas no mundo. Sabe bem saborear estes momentos. Até apetece que assim seja sempre. Gosto disso. Gosto do sol. Naturalmente. E da Blá."

"Sorrio para toda a gente! O sol quando nasce é para todos. Igualdade e respeito mas sou muito parcial: gosto mais de ti que dos outros."

"Verbo sorrir: eu sorrio. tu sorris. O resto não importa."

"Gosto de ti aqui e agora! Não importa o resto do universo. Eu para o universo sou insignificante. mas o teu universo é que me é importante!"

"És um amor! Gosto de ti como uma reacção nuclear irreversível... Como uma de 100 mols com rendimento de 100 pcento."

"Do fundo do coração agradeço a Deus por teres estado sempre presente na minha vida... Obrigado por existires. Adoro-te."

"O gelado sabe melhor ao teu lado."


Vanessa da Mata & Ben Harper
Boa Sorte/Good Luck

Pai, porquê?
Porque é que não consigo controlar tudo a meu redor?
Porque é que por vezes as minhas acções fogem a minha vontade?
Porquê Pai?
Porque é que estás sempre tão certo e tão errado?
Porque é que tudo parece mais difícil do que tu dizes?
Porque é que eu tenho tanto medo de falhar e não acabar a minha corrida?
Porquê Pai, se te tenho sempre?
Porquê?
Porque é que por vezes tenho certezas incertas?
Porque fogem os "passarinhos da floresta" quando ainda se está na primavera?
"Porque tu deixas em mim tanto de ti"?
Pai?
Pai?
Porquê?

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Adriana Calcanhotto - Vambora...

Entre por essa porta agora... e diga que me adora...



... e deixa-me apreciar o teu momento ...

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Eu gostava de ter asas. Ir ao fim do mundo e não saber o caminho da regresso a casa. Depois, perdida de ti, perdida de mim, enlouquecia. Deixava o primeiro impulso ser toda a minha verdade. Transportar meu corpo ao sabor da loucura, do insano.

Tudo ou Nada

Deixa o tempo só... Para lá do mundo, para lá do fim, a tua parte que me pertence aqui e agora vai ser um tudo de um nada perdido.
Olha para mim a qualquer hora. Não me importo já se não estiver maquilhada.
O meu nada é o meu todo.
Olha para mim... Para o meu tudo, para o teu nada.

terça-feira, 22 de maio de 2007

Posso beijar os teus olhos
Como se amanhã não os pudesse ver mais?
Posso apertar-te contra meu peito
E deixar-te fundir com o meu corpo?
Depois, por onde quer que vá
Tu irás comigo.
E quando estiveres cansado
Podes dormir no meu colo.




"O amor é o Dobro"

Eu penso muito em multiplicar por dois todas as pequenas coisas e multiplico tudo o que vem de nós, de ti, de mim...
Por muito que dobre e triplique e volte a multiplicar acabamos sempre efectuando um divisão em que o resto não é perfeito. Existe sempre algo que se perde no meio de tanta operação.
Que não se perca a vontade, a esperança.
Que não se subtraia a alma ao corpo.

sexta-feira, 11 de maio de 2007

É de um dia para o outro que tudo pode mudar.
E nós, simples crianças controladas por um brinquedo qualquer, deixamo-nos ir pelas ruas do incerto.
Lá longe, ao fundo da rua, acaba o piso direito. E as incertezas ficam cada vez maiores.
Sem segurança no que esperar, acaba a esperança. Sem esperança, nada mais há a fazer.


Razões para não voares:
  1. seres parte de mim;
  2. fazer parte de ti;
  3. acreditar que tu podes mudar.

(L)onge

Não falaste. Nem uma palavra saiu dos teus lábios. Os teus olhos não brilhavam pela primeira vez. E eu não sabia o que fazer. Não gostava de te ver assim. Sabia que não era eu a razão da tua infelicidade, ou seria? Não sei... Durante o dia todo não ouvi a tua voz. E apesar de estares ali, não estavas mais ao meu lado.





"A alma é a vontade. Tu és a minha vontade, a minha alma."

Agora um pouco mais longe de ser alcançada : a minha vontade... a tua alma...

sexta-feira, 20 de abril de 2007

História de Inverno

Ali estavas tu... Tinha passado os ultimos 7 anos a imaginar como seria olhar para ti de novo. Parecias perdido, vazio. Com o teu olhar atarefado e com a tua cabeça a rodar de um lado para outro á procura de um som, de algo que denunciasse algo. Do outro lado da rua eu ria, sorria, alegrava-me ver a tua anciedade. Sentaste-te na bordinha do passeio, como dantes faziamos e brincaste com as pedras brancas do alcatrão, como dantes faziamos (aquelas pedrinhas a que tu chamavas "diamantis" e me oferecias dentro de um papel enrolado). Levantaste-te. Assustei-me. Ias embora? Não... E ainda bem... Assim podia ficar a olhar-te mais um bocadinho. A observar-te. A ti e ao teu desassossego. O teu olhar assustado fundia-se na tua impaciencia. Adoro-te. Morri... De repente! O teu olhar passou por mim como uma flecha. Senti os joelhos a tremer. Será que me reconheceu? Não... E ainda bem... Assim podia ficar a olhar-te mais um bocadinho. Suspiraste... Eu suspirei por te ver suspirar. Afinal, respiras o mesmo ar que eu! Dei-me conta que nao estava só naquela rua contigo. Tive medo que alguem me roubasse o teu desassossego. Acordei... Passados 7 anos. E que esperava eu? Mais 7 minutos? Não... E ainda bem... Peguei em mim com uma mão e na outra levava o coração. Atravessei a rua na passadeira e parei atrás de ti. Cheiravas bem. Cheiravas aquele perfume que eu te tinha oferecido á precisamente 7 anos. Inspirei. Expirei. E lancei a original palavra de cumprimento. Passados 7 anos a única coisa que eu te disse foi "Olá!". Tu viraste-te, de repente talvez... A mim pareceu-me uma eternidade. Finalmente, passados 7 anos, tu olhaste para os meus olhos. Continuavam lindos os teus. Os mesmos olhos de menino em tua expressao de maturidade. Sorriste. Retribuíste a original palavra com que te cumprimentei. Abraçamo-nos. Falaste-me ao ouvido que tinhas posto o meu perfume. Eu sei. Vamos? Sim. Deste-me a mão. E começamos a andar pelo passeio. O passeio e a rua molhados e as luzes da cidade que nada tímidas mostravam todo o seu reflexo espelhado na chuva que caía miudinha sussurraram ao ouvido "Estás feliz?" e em coro dissemos "Sim!".



sábado, 7 de abril de 2007

Carta

Que olhos os teus, hoje eu encontrei cravados no teu rugoso rosto!
Na tua alma, que transparecia pelos teus sorrisos pálidos e momentâneos, era a tristeza a grande bailarina.
De vez em quando, uma lágrima armada em borboleta espreitava com vontade de voar... Mas tua força e bondade de coração impedia-a de nos tocar com as suas asas que poisam directas no nosso espírito.
"É que o carinho ás vezes cai bem" já dizia o cantor, e tu, por tudo o que és, merecias todo o cariho do mundo!
Para ti vão hoje as minhas rezas!
E desculpa... por não poder fazer algo mais útil que me indignar...

Com muito amor,
da tua homónima

sexta-feira, 6 de abril de 2007

primavera?

Gosto deste tempo.
O frio faz-nos acordar mais depressa...
O nariz fica um pouco vermelho e as bochechas coradas...
O vento faz voar os cabelos que se embarassam e despenteiam...
O céu enche-se de nuvens brancas que ficam tão bem nas fotografias...
Á noite a cidade fica silenciosa...
As estrelas são maiores (quando se vêem)...
As flores começam a desabrochar e tu... tu...

quinta-feira, 5 de abril de 2007

Santa Cruz