Naquela noite, a chuva soube bem. Gostei de sentir os medos e coragens de tuas mãos. E andar e correr pelas mesmas ruas que percorremos um dia. Nunca mais me deixei iludir pela distancia. Quando gostamos, gostamos. E quando nos pertencemos, pertencemos. A vida é muito maior nestes momentos em que o coração sobe mais alto. As estrelas brilhavam mais que nunca, como nunca mais vão brilhar. E nós vimos. E nós morremos com elas. E em pó de estrelas nos transformamos. Quem disse que o homem é pequeno para o universo? Quando nos sentimos maiores somos nós mesmos. E nós mesmos continuaremos a ser até acabarem as horas, até não pudermos respirar mais, até o mar e a chuva inundarem as nossas veias. E quando um dia terminar, vou abrir a tua janela, para la do infinito, e voltar a correr por ti e por mim. Lá mais longe que fomos. E o sol não vai queimar mais nada, e a chuva não vai molhar mais de mim. Lembras-te das tuas palavras? E os meus olhos beberam a forma dos teus lábios. A tua boca, onde guardas o mais precioso de ti. O teu sorriso. E sorris e o resto do mundo não é mais importante para mim. Abres a minha janela. E vez meu mar, e o meu céu, e o meu horizonte que se funde com o teu colo onde me deixas dormir mais um pouco todas as manhas. Suspiro mais fundo quando no meio dos lençóis descubro a tua pele. E o teu respirar. E o meu sonho. Escolho, perder-me contigo sabe melhor quando há chuva lá fora. A nossa história não termina agora. E eu sou o sol e tu és o meu arco-íris. Perguntas se prefiro guardar um pouco de alma para depois? A lembrança de ter todos os momentos e os momentos terem escolhido pertencerem ao único sentimento que perdura na vida inteira.
Porque o meu amor pertence a quem deve pertencer!
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