segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Amigo,

Porque ás vezes magoar as pessoas de quem realmente gostamos acontece.
Porque é inevitável sentirmo-nos feridos com algumas atitudes que não compreendemos bem.
Nem sempre é fácil perder a razão e continuar com a cabeça erguida para o mundo.
E quando erramos sentirmos o pavor de podermos não ser perdoados.
Porque seguir o nosso caminho e admitir nossas escolhas nem sempre é fácil, uma vez que por vezes nem sabemos bem que caminho escolher.
Porque algumas palavras, quando faladas, não se podem retirar. Mesmo depois de perderem o sentido elas continuam lá, perdidas no tempo e num espaço guardado no lado esquerdo.
Pensar que afinal o caminho que seguimos não é o melhor para nós e para os outros mas como o escolhemos não podemos voltar atrás. Aceitar as consequências!
E a coragem das pessoas não está em lançar-se em perigos arriscando e arrastando a felicidade. Mas sim, na capacidade de escolher como nossas as consequências dos nossos actos, mesmo difíceis, mesmo inseguros.

2 comentários:

Antônio disse...

Esse texto me fez pensar sobre uma coisa engraçada: acho que o meu problema é o peso das escolhas e não a não-possibilidade de escolha. Mais uma coisa para a lista inexistente de "Coisas Que Tenho Que Mudar".

António Mateus disse...

Faz parte da condição humana, o erro.
Saber entender isso é crucial. Mas, isso não implica desresponsabilização, antes sim, verticalidade no assumir dos erros para obviá-los no futuro.
E esse, o futuro, é sempre desconhecido, contudo há sempre uma alternativa: "O passo em frente junto a um precipício, é um passo atrás."
Por outro lado, como diz o caminhante: "O caminho faz-se andando."
Jinho grande, grande...