É como um si bemol que dura eternamente.
É como um pássaro sem asas,
Uma borboleta sem cor.
É como sentir o sal do mar dentro do peito
E desejar que o vento seque mais depressa o rosto.
É como amarras que prendem a alma.
É como um voto de silêncio.
É como a vida sem imagens.
É como um soluçar tangente ao arco da solidão.
É como perder o único objectivo traçado,
Desistir de respirar.
É como perder a chave da nossa própria gaiola.
É o mundo a preto e branco porque as cores deixaram a miragem.
É um desistir de tudo e de todos,
Uma falta de acreditar,
Um morrer lentamente,
Um devorar da vontade.
É como sentir desfazer-se pedaço a pedaço cada parte do corpo.
É não dormir apesar de exaustão.
É querer nada por sentir tudo,
É querer tudo por não ter nada.
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