sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Cruzamento (esquerda ou direita?)

Invade-me uma completa e profunda angústia. Um sofrimento grande de quem não colhe os frutos da àrvore que plantou. E por vezes a chuva vem e inunda a minha calma, e o sol vem e queima as minhas vontades, eu continuo a tentar por ser assim que tem de ser, por mim e pelo meu orgulho próprio, pelas minhas verdadeiras razões. Porque merecer não basta para obter bons resultados, e mereço pelo meu esforço diário... Deparo-me com a injustiça de não ser correspondida nesta luta comigo mesma, sem saber mais o que fazer para chegar ao limite que pretendo. Como lidar com isso? É impossível ignorar esta frustração que me atropela. Tenho vontade de fechar os olhos, virar as costas àquilo que dá trabalho, aquilo que dói fazer. Para quê? Só iria adiar o meu caminho. Escolher outra corrida não está nos meus planos, e pretendo chegar ao fim desta meta. Pretendo provar a mim própria que sou mais do que aquilo que tenho visto nestes dias, provar que as injustiças não vão interromper a minha vontade de chegar mais longe! Mas até quando?


1 comentário:

Antônio disse...

Aquele que somos para nós mesmo, creio eu, possui duas faces essencialmente: aquele que idealizamos ser, que, durante a maior parte da nossa vida, acreditamos alcançar um dia, um alguém forte, que está apto a mudanças, a melhores, um ser mutante, a nossa face do futuro, por assim dizer. E há também a outra face, aquela em que nos deparamos com o passado, com o presente, com as ações que vem sido feitas, como quem faz uma tabela de probabilidades sobre si. E temos a impressao de que esse é o ser real.
Devemos - lá vou eu tentando doutrinar... - entender que o passado representa somente o passado, e o futuro, somente o futuro. E o presente, aquilo que realmente existe, nao representa nada, simplesmente é! Portanto, prendermo-nos a repetições analisadas ou a ideiais a serem cumpridos que jazem somente no mesmo lgar que a memoria do passado, não nos trouxe ate hoje nenhuma soluçao. Temos que cirar uma teceira face de nós para nós mesmos, e ver se dessa vez encaixa!