segunda-feira, 30 de junho de 2008

Jumento (ao quadrado)

- De qualquer forma é um quadrado!
- Não! Não é! é um rectângulo! Não consegues ver que tem um lado mais comprido que outro?
- Epah... A mim parece-me que é nitidamente um quadrado... ou não sabes o que é um quadrado?
- Sei perfeitamente! Não sou ignorante ao contrario de certas pessoas que têm um rectângulo á frente e continuam a afirmar cegamente que é um quadrado.
- Pronto... não posso fazer nada se não aprendeste isto bem na escolinha. Até o meu filho sabe melhor o que é um quadrado do que tu.
- Mas pai, é um círculo...
- Cala-te! Isto não são conversas de meninos pequenos!

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Sweet About Me

boomp3.com

Gabriella Cilmi

quarta-feira, 18 de junho de 2008

aiiii a nossa vidinha...

"Os jovens têm muito tempo morto nas mãos! Não admira encontrar um grupo a passear alguns desses cães saídos de uma luta organizada, para surpreender e obrigar um idoso a enfiar salsichas nas próprias calças, e a fugir o mais que possa antes de os cães serem soltos, só para ser perseguido e caçado como um animal, para ser mordido, urinando, gritando por auxílio e tentando afastar o perigo, sendo derrubado, chorando, despido à dentada, assistindo à própria mutilação num coro estéreo de rosnar, enquanto é mastigado, ficando sem orelha, falanges dos dedos nas mãos, parte dos órgãos genitais, observando uma mistura de satisfação e preocupação no rosto de quem o rodeia, a perder sangue e a revirar os olhos lacrimejantes em asfixia muda, enxovalhado como um boneco, abandonado até à morte... Basta de facilitismo em Portugal!

Protejam as nossas crianças! A observação paternal da felicidade no rosto de uma criança que se liga pela primeira vez à Internet para procurar bonecos do Noddy ou do Bob, o construtor, não se compadece com a possibilidade de ela aceder a um encontro anónimo com um amigo virtual que a transporte para uma cave remota sendo seduzida a beber álcool, espancada, amarrada a um canto para ser negociado um contrato de estupro, sendo a criança violada repetidamente por terceiros enquanto grita, chora e entra em estado de choque, sofrendo espasmos e ablando sangue... Para ser calada por mordaça ou coronhada, e no caso de venda internacional bem sucedida ser entregue a um circuito de uma rede pedófila... Senão, malograda, sofre a humilhação de ver um plástico ser estendido no chão, onde é colocada, esbofeteada, queimada com pontas de cigarro enquanto grita, urinada enquanto chora, cuspida com insultos, asfixiada, esfaqueada em ritual, e enquanto crê num último momento de salvação, sofre um esmagamento craniano, sendo o corpo depositado num bidão metálico para ser queimado num silêncio crepitante e perturbante, um conluio entre quem planeia o próximo contacto... Calma, Portugal!

Não há tempo a perder sem mecanismos de defesa, o crime é cada vez mais sofisticado! A ver vamos encontrar corpos estatelados de quedas elevadas, tiros intencionais na coluna vertebral, estropiados abandonados no mato, cães degolados ao vivo em creches, drive-by junto a colégios, membros humanos incapacitados por tiros de shotgun, cabeças de gato largadas em transportes públicos, taxistas manetas por machadada, cemitérios em chamas, suásticas gravadas em igrejas, padres coroados com arame farpado, médicos tornados cegos e obrigados a beber soda cáustica… Ainda há muito racismo em Portugal, cada carapinha é um alvo, cada cabeça rapada tem uma goela a mais... Calma!

Este país precisa de quem lhe pegue a ferro e fogo! Não me surpreende, a curto prazo, encontrar igrejas e viaturas queimadas ou baleadas, actos passíveis de pedofilia, lenocínio ou consumo de estupefacientes nas escolas, ameaças e agressões em grupo a professores, pais e funcionários, cães vadios imolados, cadáveres de sem-abrigo empilhados no interior de recintos escolares, crianças de lábios grudados amarradas a árvores, incêndios em área urbana circundante, padres banhados em lixo, adolescentes com madeixas arrancadas, facadas anónimas, adeptos enforcados com o próprio cachecol, edifícios espelhados pintados ou quebrados, dejectos abandonados frente a instituições públicas, assaltos no metro em pleno dia, pares de agentes policiais dominados e abatidos com a própria arma, viagens de táxi pagas a murro e a martelo, tudo colmatado com o voto de silêncio de gangues organizados de jovens endoutrinados amargurados com o sistema… Calma Portugal!"

http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1330073&idCanal=58

Merece um oscar! xD

terça-feira, 17 de junho de 2008

Balancê



Como vi dançar no Zimbabué
Quero também contigo gingar
Uma dança nova
Mistura de Semba com Samba
De Mambo com Rumba
Tua mão na minha
E a minha na tua

Balancê ye
Balança ya
Swinga para lá
Swinga pra cá ye

Balancê ye
Balança ya
Maria José
Swing no pé
Senão chega p'ra lá ye

Somos livres para celebrar
Somos livres para nos libertar
Como crianças brincando
Crianças sorrindo
Crianças sendo crianças... ah!
Como crianças brincando
Crianças sorrindo
Crianças...

Balancê ye
Balança ya
Swinga para lá
Swinga pra cá ye

Balancê ye
Balança ya
Maria José
Swing no pé
Senão chega p'ra lá ye

Adoro quando te deixas levar assim
Fechas os olhos e danças só para mim
Uma dança tua
Mistura de não vem que não tem
Com um sorriso porém que me diz que o teu desdém
É só a manhã de alguém
Que diz que vai mas que vem
Me engana que eu gosto


Balancê ye
Balança ya
Swinga para lá
Swinga pra cá ye

Balancê ye
Balança ya
Maria José
Swing no pé
Senão chega p'ra lá ye

Balancê ye
Balança ya
Swinga para lá
Swinga pra cá ye

Balancê ye
Balança ya
Maria José
Swing no pé
Senão chega p'ra lá ye

domingo, 15 de junho de 2008

Segredo, pianíssimo...

pianíssimo. o andar. o correr. o soprar de mansinho as palavras ao ouvido. como quem sussurra uma musica. nas cordas do violino que arranham da garra de tocar tão pianíssimo. o cabelo solto ao vento espalha, por cada fio de cabelo uma nota diferente que te bate na cara. das raízes se soltam as notas mais graves que escorrem até aos limiares dos teus ramos. sempre pianíssimo. as folhas. o vento. o beijo do sol e da lua. nos teus braços um abraço. sempre pianíssimo a tua maneira de ser. não fales. sonha. e liberta toda a vontade, sempre pianíssimo. liberta a liberdade. voa com as tuas asas. brancas e pretas de primavera. alto. pianíssimo. longe. pianíssimo. poisa numa estrela tão linda e brilhante. ela que te embala todas a noites. aquela canção. tão pianíssimo. tão bela. tão curta e profunda. tão pianíssimo. aquele céu. cheio de silêncios e murmúrios. cheio de livres borboletas a voar pianíssimo.

a tua vida tão pianíssimo.

sábado, 14 de junho de 2008

Fade to Black

boomp3.com

I . II . III .

Capítulo I
- Que me dizes? - perguntaste sem equacionares muito bem o risco de ela te dizer que não e deitar por terra todas as tuas esperanças. Fez-se um longo silêncio. Os seus olhos tremiam de cansaço e espanto. Nunca te pensara capaz de tal coragem. Balançou lentamente a cabeça de um modo como quem se equilibra entre o bom e o mau. Entrelaçou os dedos, deu uma volta ao calcanhar, inspirou e num sopro repentino resolveu-se por ti.
- Sim, aceito!
Capítulo II
A lua já ia no alto apesar de o sol ainda iluminar os seus cabelos. Castanhos, ou loiros, pareciam reflexos de lume aceso, um laranja que queima e fere a vista. As sua mãos seguravam a tua cintura com força. O medo de cair era muito. Se caísse, caíam as esperanças dos dois, os sonhos ficariam ali, na terra batida de tantos seres meio escravos, meio cães que pisaram aquele chão. Os seus sonhos eram mais valiosos para ti que os teus próprios desejos, e ainda nem o nome dela sabias.
Capítulo III
Já dormia no teu colo. Os seus olhos cores de prata banhada de uma luz fora do normal estavam agora fechados. Talvez a amadurecer a beleza para na manha seguinte se apressarem a dar-te os bons dias. Parecia ainda uma criança, tão frágil, tão menina. Tão verdadeiramente verdadeira de tantas verdades! E tu? Ah... amanhã penso nisso. Vou enrolar-me no teu bolso quente, vou dormir e sonhar com a tua felicidade.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Até ao Fim do Fim

Então está tudo dito meu amor
Por favor não penses mais em mim
O que é eterno acabou connosco
E este é o princípio do fim
Mas sempre que te vir eu vou sofrer
E sempre que te ouvir eu vou calar
Cada vez que chegares eu vou fugir
Mas mesmo assim amor eu vou-te amar
Até ao fim do fim eu vou-te amar
Então está tudo dito meu amor
Acaba aqui o que não tinha fim
P'ra ser eterno tudo o que pensamos
Precisava que pensasses mais em mim
P'ra ti pensar a dois é uma prisão
P'ra mim é a única forma de voar
Precisas de agradar a muita gente
Eu por mim só a ti queria agradar
Mas mesmo assim amor eu vou-te amar
Até ao fim do fim eu vou-te amar

Ana Moura

Superfícies.

Sentir texturas. Quando não tenho mais nada para fazer, sonha-las e lembra-las tal e qual como eram e se transformaram para mim numa sensação, num sentimento... Colecciono momentos assim tão facilmente como quem colecciona borboletas. Vou colando na minha memória, organizada por gavetas, as emoções de olhares, de sorrisos que me dão por ser eu própria, todos os dias!

a textura dos teus dedos cansados de escrever
a textura do gelado de canela que derrete lentamente na boca
a textura da tua cara com barba por fazer
a textura de uma folha de papel amarrotada

a textura do vento a bater na minha pele
aquela que tu abraçaste com a textura do teu corpo
a textura da madeira e da parede por pintar
a textura da areia, do sol, do mar