quinta-feira, 29 de novembro de 2007
terça-feira, 20 de novembro de 2007
O Castelo Andante

Um novo filme de Miyazaki Hayao — que, felizmente, não se reformou aos 60 anos —, é sempre recebido com enorme expectativa por todos aqueles que conhecem a sua obra. Quem aprecia animação de qualidade também não pode deixar de se entusiasmar com a possibilidade de ver esta obra no grande ecrã, numa altura em que a animação tradicional tem cada vez menos presença no circuito comercial.
Miyazaki não procurou surpreender ninguém com «O Castelo Andante». O filme é adaptado da obra “How'l Moving Castle” (1986), da escritora britânica Diana Wynne Jones, mas é uma entrada que se mescla na perfeição na filmografia do realizador japonês.
Haverá quem considere o novo filme demasiado “coerente” com a obra que o precede. Mesmo ignorando a coincidência de ser o terceiro filme com a palavra “castelo” no título 1, ressalta o facto das personagens, a estrutura e os motores do conflito poderem ter sido simplesmente reaproveitados e adaptados para as linhas gerais do livro de Wynne Jones.
As consequências negativas da intervenção do Homem no meio ambiente, contribuindo para o seu desequilíbrio ou até aniquilação (no caso de «Nausicäa»), é outro dos temas fortes do cinema de Miyazaki Hayao. A guerra e a procura pelo poder também tem marcado presença, ainda que o realizador tenha evitado utilizar “vilões” estereotipados. Aqui, tal como em «A Viagem de Chihiro» e na generalidade dos seus filmes — com excepção de «Lupin III» e «Laputa» —, dificilmente se pode empregar esse termo sem uma pausa para reflexão.
Estas preocupações e a dicotomia Homem-Natureza não têm reflexo somente na obra do realizador de «A Viagem de Chihiro», mas são uma constante na obra Ghibli, como se pode constatar, por exemplo, por outros dois grandes filmes, assinados por Takahata Isao: «Only Yesterday» (1991) e «Pom Poko» (1994).
Reconhecemos a paternidade da obra pelos primeiros frames que vemos no ecrã, acompanhados pela música do fiel colaborador Hisaishi Jo. Mas em que medida é que «Hauro no Ugoku Shiro» deixa o conhecedor da obra de Miyazaki com a impressão de estar a consumir um produto requentado?
É no segmento final que sentimos que há algo que não flui naturalmente. Depois de momentos muito similares ao filme anterior, com a caminhada da bruxa, do cão e da “jovem”, paralela à sequência em que Chihiro é acompanhada pelo “Sem Face” e outras criaturas enfeitiçadas, chegamos a um final abrupto, sem uma conclusão satisfatória. A personagem de Madame Suliman expõe motivações pouco convincentes, revelando-se uma simples peça ao serviço do argumento.
Talvez seja irrealista esperar que algum distribuidor decida arriscar estrear anime de outra natureza 3, sem o potencial de apelar tanto a crianças como adultos; obras que dificilmente seriam classificadas para todos os públicos, ao nível da sequela de «Ghost in the Shell» ou de «Steamboy», cujos realizadores terão renome, mesmo entre nós, para justificar mais que um directo-para-DVD."
http://www.asia.cinedie.com/howls_moving_castle.htm
sexta-feira, 16 de novembro de 2007
Yellow .... Blue... (*)
A estudar Contabilidade ....
... "foi emitido um parecer fiscal á empresa B facturado pela quantia de 50 000.
entra na conta de dividas a receber de clentes (21 do poc) 50 000 a Débito. Anula-se na conta de réditos prestação de serviços (72 do poc) 50 000 a crédito... "
...entre o amarelo e o azul...
A tua noite, A minha saudade
Cruzamento (esquerda ou direita?)
terça-feira, 13 de novembro de 2007
ShHhHh...
Por vezes fechar os olhos sabe bem e esquecer que cada um tem sua maneira de ser, e pensar que somos todos feitos dos mesmos sentimentos. Fechar os olhos e redimir-me aos sons que me rodeiam e me escolhem pertencer sem que eu os convide... Acabam por invadir o meu espaço e alguns...alguns ficam na memória... sem sentido.
Podem-se apagar palavras, riscar o erro, emendar um caminho escolhendo outro, mas uma palavra uma vez dita não pode ser retirada. Por mais que doa, foi falada. Por mais que faça suspirar e desejar o infinito acaba depressa. Tem a vantagem de ficar na memória.
Porque uma vez alguém me disse que os burros esquecem, por isso perdoam, os tolos não esquecem e não perdoam, os inteligentes não esquecem e perdoam. As palavras que disseste.
Perdoei mas não esqueço. E rodam e volteiam e não partem nunca... e eu desejo que voem para longe como tola, porque dói menos, e eu escondo o desejo de que o mundo ouça as tuas palavras e te fique a conhecer como conheço.
terça-feira, 6 de novembro de 2007
Jeremy
Em casa
Desenhando figuras
De topos de montanhas
Com ele no topo
Sol amarelo limão
Braços erguidos em V
Os mortos estendidos em poças de cor vermelha por baixo deles
O pai não deu atenção
Para o facto da mãe não se importar
Rei Jeremy, o perverso
Governou seu mundo
Jeremy falou na aula de hoje
Lembro-me claramente
Perseguindo o garoto
Parecia uma brincadeira inofensiva
Mas nós libertamos um leão
Que rangeu os dentes
E na hora do intervalo deixou a fama de maricas
Como eu poderia esquecer
E acertou-me com um soco de surpresa
Meu maxilar ficou magoado
Deslocado e aberto
Assim como no dia
Como no dia em que ouvi
pai não dava carinho
e o garoto era algo que a mãe não aceitava
Rei Jeremy, o perverso
Governou seu mundo
Jeremy falou na sala de aula hoje
Tente esquecer isto
Tente apagar isto
Do quadro negro
Jeremy falou na sala de aula hoje